sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

MACONHA, ÁLCOOL E CIGARRO – Aonde está o “Wally”?



Quem é o vilão dos três? Quem faz mais mal à saúde física e à saúde social?
É tudo a mesma coisa! É tudo igual! É tudo droga, e droga que faz mal.
Vamos ser unânimes, coerentes e não hipócritas: Ou criminaliza tudo ou descriminaliza a MACONHA.

A política mundial de drogas precisa ser revista. E mudada.
A sociedade precisa crescer; amadurecer; encontrar – e usar – soluções maduras e realistas, em relação ao uso e à comercialização das drogas, em especial, em relação à mais popular e menos danosa entre elas: a MACONHA.
Sua proibição data de 1960 - por recomendação da ONU - , mas quanto ao seu uso, há registros desde 2723 a.C., na China.

Na Comissão Latinoamericana sobre Drogas e Democracia, que aconteceu no início de fevereiro de 2009, no Rio de Janeiro, ninguém disse que a partir de agora, a Cannabis sativa deixou de ser a “gata borralheira” e virou a Cinderela. Não. Os danos à saúde pelo consumo da droga também não foram negados, assim como também não o são, os gastos astronômicos - e ineficazes - com a prevenção e a repressão do uso e da comercialização das drogas.

A conclusão da comissão é: Descriminalizar o porte da maconha para consumo pessoal, não prendendo mais o usuário, mas sim, encaminhando-o para tratamento médico. Dentre os que são desta opinião, está o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, que é sociólogo, ex-professor universitário e escritor.


O tabaco e o álcool matam bem mais do que a maconha, mas são drogas lícitas, permitidas. Os seus fabricantes pagam impostos altíssimos, e a “qualidade” – se é que pode ter alguma qualidade – é controlada.

Essa discussão é delicada e complicada.

Tem muita coisa envolvida, mas creio ser a hora da sociedade, em todo mundo, adotar uma política de “redução de danos”, com a descriminalização do uso pessoal da maconha.

Gastam-se bilhões de dólares por ano na repressão ao comércio ilegal de drogas. Meliantes morrem ou são presos, porém, o tráfico é uma poderosa “arma genética” de “fabricação e multiplicação” de traficantes. Parece que quanto mais traficantes são neutralizados, mais traficantes surgem no mercado. E eles se sofisticam, ficando cada vez mais poderosos, se infiltrando na polícia e na política.

Os EUA gastam, por ano, US$ 35 bilhões na repressão! Porém, se a atual política de prevenção e repressão ao uso e ao comércio ilegal das drogas ilegais estivesse sendo eficaz lá, o número de presos por envolvimento com drogas, nos últimos 30 anos, não teria decuplicado: Passou de 50 mil para 500 mil presos.
Não houve redução da produção nem do consumo de drogas.

US$ 322 bilhões é o que se calcula que circula nas mãos dos traficantes em todo o planeta.

É inadmissível, portanto, a sociedade não pensar seriamente em legalizar a maconha, pois possui, por um lado, números altíssimos de efeitos colaterais indesejados, da parte da guerra urbana gerada pelo tráfico de drogas, e por outro, os efeitos inegavelmente maléficos para ela própria, das drogas que ela mesma permite: a bebida alcoólica e os acidentes automobilísticos por ela gerados, e os cânceres e demais moléstias provocados pelo tabagismo.

Quer dizer, aonde está realmente o vilão, o “Wally”desta questão? A+B+C é igual a ABC! É tudo droga que faz mal! A proibição é uma hipocrisia, pois o cigarro e o álcool legalizados são jurisprudência para a legalização da maconha.

São 160 milhões de pessoas no mundo inteiro que fumam maconha. De todas as camadas sociais. Iria resolver a questão do consumo e da comercialização das drogas, a prisão desse povo todo? Além de não resolver – pois prender usuário (nem traficante) não tem resolvido – agravaria um velho problema: a explosão demográfica carcerária!

Prender o usuário de drogas como a maconha, não resolve, nem o problema do vício dele, nem o da sociedade. Mas, descriminalizar o uso da maconha, tira do usuário o “peso” do crime. Ele deixa de ser (e ter) um problema de saúde e segurança públicas, para ser uma questão de Saúde e Educação. E o dinheiro arrecadado pelo Estado com os impostos da comercialização legal da maconha – que não vai ser pouco – pode ser direcionado, de forma mais eficiente, na prevenção do seu consumo, de forma inteligente, informando e educando a população sobre os malefícios do uso de qualquer substância entorpecente e do cigarro, e criando melhores e maiores condições de manter nas escolas e faculdades a criança, o adolescente e o jovem, e criar perspectivas de trabalho para estes últimos – as maiores vítimas do tráfico e do uso de drogas.

Enquanto a sociedade mantiver a proibição do uso pessoal da maconha, ela apenas estará tapando o sol com a peneira, “descansando” no achismo de estar fazendo “alguma coisa”, já que a ineficácia deste método já está provada nestes últimos quase 40 anos.

Alegar que o número de usuários da maconha aumentaria com a sua legalização, é não querer enxergar que o que leva os iniciantes ao uso é exatamente isso: o fato de ser proibido.

Toda proibição gera a sua ovelha negra: A TRANSGRESSÃO. E às suas descontroladas consequências.

Uma EDUCAÇÃO séria, honesta e abrangente é o melhor remédio contra o uso de drogas.

E antes que me perguntem: Não, não fumo maconha. Não estou legislando em causa própria. Sou cristã. E cristão significa ser igual a Cristo. Significa ter a mente de Cristo. E Cristo não se deixou escravizar por nada. Ao contrário, Ele veio para libertar. Inclusive, dos vícios. Eu, por exemplo, deixei de fumar cigarro e de beber bebida alcoólica – nos quais era viciada - há três anos, porque recebi e entendi a mensagem da Cruz, que está disponível na Bíblia para quem quiser ler. E praticar.

3 comentários:

Anônimo disse...

LIBERAR O PLANTIO DA MACONHA É O COMEÇO PARA UM MUNDO SEM TRÁFICO, CRIMES E VIOLÊNCIA. PENSAR O CONTRÁRIO É BURRICE, E SOMENTE OS BURROS ACEITAM UM MUNDO COM CIGARRO, ÁLCOOL E VIOLÊNCIA.

Anônimo disse...

cara gostei do que você falou sobre tudo isso eu tbm acho que a maconha deveria ser legalizada mas somente para o consumo proprio ou que ela podece ser vendida pelo mercado eu ja experimentei maconha, tabaco e alcool ah que me fez mais mal e que me deixou pensando nela durante 5 horas na minha aula foi o cigarro mas graças a deus essa vontade de fumar cigarro passou e teve uma vez que eu fiquei muito bebado e vomitei 3 vezes e cheguei em casa tão bebado ue capotei na cama eu andava ate com os olhos arregalados para cima e a maconha não me calsou nenhum desses problemas ela só me casou depressão mas tudo que você falou eu lhe apoio neste pensamento.

Anônimo disse...

Vc disse tudo Mônica,todas as informaçoes leva á conclusão da legalização!!